É criada a Associação Filomática, cujo principal objetivo é a fundação de um museu de história natural que nasceu como fruto do trabalho de políticos, intelectuais e cientistas que acreditaram na pesquisa e na organização de coleções científicas e exposições públicas sobre o homem e a natureza na Amazônia.
Atendendo Circular emitida pela Associação Filomática, solicitando doações de espécies e artefatos dos três reinos da natureza, chegam ao Museu os primeiros objetos da Coleção Etnográfica, oriundos de cidades do interior.
O naturalista suíço Emílio Goeldi é contratado para dirigir o Museu Paraense. Sua gestão dá à instituição uma nova estrutura, de acordo com os padrões científicos exigidos internacionalmente, incrementando a Coleção Etnográfica.
O Governador Lauro Sodré doa ao Museu Paraense objetos dos povos Juruna (Yudja) e Tapaiúna, que são acrescentados à coleção etnográfica.
Objetos do povo indígena Parintintim, coletados pelo naturalista francês Henri Coudreau, são incorporados à coleção etnográfica.
Representantes do povo indígena Irã Âmrai (Mebêngôkre), acompanhados por Frei Gil de Villanova, visitam o Museu Paraense. Adquirida pelo governo estadual, uma coleção de 685 artefatos, confeccionada por estes indígenas é incorporada ao acervo etnográfico.
O Museu realiza a sua primeira exposição etnográfica. Emílio Goeldi compra uma coleção de objetos indígenas da região do Alto Rio Negro do etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg, incorporada ao acervo.
Curt Unkel, etnólogo alemão, chegou ao Brasil em 1903. Mais conhecido como Nimuendajú (ser que cria ou faz seu próprio lar), foi o primeiro curador da Coleção Etnográfica do Museu Goeldi, cargo exercido de 1920 a 1921, e também entre 1939 e 1940. O etnólogo elaborou o primeiro livro de tombo da Coleção Etnográfica, organizou e sistematizou o acervo, incorporando um grande número de artefatos dos povos Tukuna (1914 e 1942), Aparai (1915), Canela (1933 e 1936), Kayapó – Gorotire (1935) e Maxakali (Tikmu´un) (1939), oriundos de suas pesquisas de campo. Contribuiu com a Instituição Paraense com pesquisas de campo e trabalhos na coleção etnográfica até seu falecimento em 1945.
Uma coleção de artefatos de procedência africana é doada ao Museu Paraense Emílio Goeldi, pelo então interventor do Estado do Pará, Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, trazida da Ilha da Madeira - Portugal pelo coronel seringalista José Júlio de Andrade. A referida coleção tem objetos produzidos na região das atuais República Democrática do Congo, Angola e outros países localizados na África Ocidental.
A coleção arqueológica e etnográfica, até então embaralhadas, foram registradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como “Coleção arqueológica e etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi”.
Sob a orientação de Eduardo Galvão, a Divisão de Antropologia é reorganizada. Auxiliado pelos arqueólogos Mário Simões e Peter Hilbert, classifica e separa a coleção etnográfica da arqueológica e procede a um novo tombamento das peças, de acordo com o sistema referido como áreas culturais indígenas.
Instalada uma exposição de longa duração, no prédio da Rocinha com representações de todas as coleções da Instituição.
Participação do acervo africano na “Exposição de Arte Negra”, no contexto da 5ª reunião da ABA, Belo Horizonte/MG.
Após o falecimento de Eduardo Galvão, é efetuada a transferência da Coleção Etnográfica para uma sala mais ampla, no Parque Zoobotânico, sem alterar, contudo, a ordenação estabelecida, anteriormente, por este antropólogo.
Publicação do Guia das exposições e Antropologia, no Museu Paraense Emilio Goeldi, elaborado por Eduardo Galvão.
Participação do acervo indígena na exposição “Arte Plumária do Brasil”, no Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo, cuja itinerância compreendeu o National Museum, of Natural History, em Nova York, o Itamaraty, em Brasília, o Instituto Colombiano de Cultura em Bogotá e o Museu Paraense Emílio Goeldi.
Publicação do Catálogo das Coleções Etnográficas do Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, de autoria de Napoleão Figueiredo e Ivelise Rodrigues.
Publicação do Catálogo das Coleções Etnográficas do Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, de autoria de Napoleão Figueiredo e Ivelise Rodrigues.
Participação do acervo indígena na exposição “L´Art de la Plume-Brésil” no Musée d'Ethnographie de Genève , Genebra e itinerância no Museum National d'Histoire Naturelle, em Paris.
É inaugurada a exposição de longa duração “Amazônia , o Homem e o Ambiente” , no Pavilhão Eduardo Galvão, Museu Paraense Emílio Goeldi.
Publicação do livro o Museu Paraense Emílio Goeldi, editado pelo Banco Safra, no qual consta um significativo registro textual e iconográfico da Coleção Etnográfica de autoria de Adélia de Oliveira Rodrigues e Lucia Hussak van Velthem.
Participação do acervo populações tradicionais na exposição “ O homem e o mar: a tecnologia pesqueira artesanal”, no Museu Paraense Emílio Goeldi.
Participação do acervo indígena na exposição “Ciência Kayapó: alternativas contra a destruição”, em colaboração com o povo indígena Kayapó Gorotire no Museu Paraense Emílio Goeldi.
Participação do acervo indígena na exposição “Kayapó”, na Eco-92, no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Participação deste acervo na exposição “500 anos” , em Sevilha.
Participação do acervo africano na exposição “A criatividade na arte Africana”, alusiva ao I encontro cientifico e tecnológico dos países do tratado de cooperação Amazônica e ao dia nacional da consciência negra, no Museu Paraense Emílio Goeldi.
Participação do acervo indígena no Módulo Artes Indígenas da “Mostra do Redescobrimento – Brasil +500”, no Parque do Ibirapuera – Oca, em São Paulo. A itinerância compreendeu o Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, o Convento das Mercês, em São Luis. No exterior, a exposição foi ao Museo Nacional de Bellas Artes, em Santiago do Chile.
Participação acervo indígena na exposição “Unknown Amazon”, no British Museum, em Londres.
O Projeto “Controle ambiental na área da reserva técnica e acondicionamento do acervo etnográfico do Museu Paraense Emílio Goeldi”, financiado pela Fundação VITAE, propicia a transferência da Coleção Etnográfica para o Campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi. A nova reserva técnica é equipada com armários deslizantes e sistema automatizado de controle ambiental. O acondicionamento dos objetos passa a privilegiar critérios de conservação preventiva reunindo os objetos por categorias artesanais.
Participação acervo indígena na Exposição “Amazonia, natives traditions”, no Palace Museum em Beijin.
Participação acervo indígena na Exposição “Brésil Indien”, no Grand Palais em Paris.
O Projeto “Conservação Preventiva e Documentação da Coleção Etnográfica do MPEG (1880-1940)”, também financiado pela fundação VITAE, inicia a implantação do Sistema de Informação da Coleção Etnográfica (SINCE).
Participação acervo indígena na exposição “Reencontros: Emilio Goeldi e o Museu Paraense” no Prédio da Rocinha, Museu Paraense Emilio Goeldi.
Inicia-se o programa “Museus da Amazônia em Rede – MAR”, que une o Museu Paraense Emílio Goeldi aos Musée des Cultures Guyanaises, Musée Départemental Alexandre-Franconie na Guiana Francesa, e o Stichting Surinaams Museum no Suriname. Esse projeto visa o estabelecimento e a manutenção de ações de cooperação entre os museus em todas as áreas relativas ao patrimônio, assim como a disponibilização online dos acervos etnográficos que possuem a mesma procedência.
Participação do acervo indígena na exposição “Índios no Brasil” – Festival Europália, em Bruxelas.
Participação do acervo indígena na exposição “Linked Heritage” no Stichting Surinaams Museum em Paramaribo. Essa exposição ocorreu no quadro do programa Museus da Amazônia em Rede.
Participação do acervo indígena na exposição ”A Festa do Cauim”, no Museu Paraense Emílio Goeldi, em colaboração com o povo indígena Ka’apor e o Volkenkunde Museum de Leiden.
Como parte das comemorações do sesquicentenário do Museu Paraense Emílio Goeldi, o acervo etnográfico é disponibilizado online por meio do SINCE.