• 1866

    É criada a Associação Filomática, cujo principal objetivo é a fundação de um museu de história natural que nasceu como fruto do trabalho de políticos, intelectuais e cientistas que acreditaram na pesquisa e na organização de coleções científicas e exposições públicas sobre o homem e a natureza na Amazônia.

  • 1867

    Atendendo Circular emitida pela Associação Filomática, solicitando doações de espécies e artefatos dos três reinos da natureza, chegam ao Museu os primeiros objetos da Coleção Etnográfica, oriundos de cidades do interior.

  • 1894

    O naturalista suíço Emílio Goeldi é contratado para dirigir o Museu Paraense. Sua gestão dá à instituição uma nova estrutura, de acordo com os padrões científicos exigidos internacionalmente, incrementando a Coleção Etnográfica.

  • 1897

    O Governador Lauro Sodré doa ao Museu Paraense objetos dos povos Juruna (Yudja) e Tapaiúna, que são acrescentados à coleção etnográfica.

  • 1898

    Objetos do povo indígena Parintintim, coletados pelo naturalista francês Henri Coudreau, são incorporados à coleção etnográfica.

  • 1901

    Representantes do povo indígena Irã Âmrai (Mebêngôkre), acompanhados por Frei Gil de Villanova, visitam o Museu Paraense. Adquirida pelo governo estadual, uma coleção de 685 artefatos, confeccionada por estes indígenas é incorporada ao acervo etnográfico.

  • 1904

    O Museu realiza a sua primeira exposição etnográfica. Emílio Goeldi compra uma coleção de objetos indígenas da região do Alto Rio Negro do etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg, incorporada ao acervo.

  • 1920

    Curt Unkel, etnólogo alemão, chegou ao Brasil em 1903. Mais conhecido como Nimuendajú (ser que cria ou faz seu próprio lar), foi o primeiro curador da Coleção Etnográfica do Museu Goeldi, cargo exercido de 1920 a 1921, e também entre 1939 e 1940. O etnólogo elaborou o primeiro livro de tombo da Coleção Etnográfica, organizou e sistematizou o acervo, incorporando um grande número de artefatos dos povos Tukuna (1914 e 1942), Aparai (1915), Canela (1933 e 1936), Kayapó – Gorotire (1935) e Maxakali (Tikmu´un) (1939), oriundos de suas pesquisas de campo. Contribuiu com a Instituição Paraense com pesquisas de campo e trabalhos na coleção etnográfica até seu falecimento em 1945.

  • 1933

    Uma coleção de artefatos de procedência africana é doada ao Museu Paraense Emílio Goeldi, pelo então interventor do Estado do Pará, Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, trazida da Ilha da Madeira - Portugal pelo coronel seringalista José Júlio de Andrade. A referida coleção tem objetos produzidos na região das atuais República Democrática do Congo, Angola e outros países localizados na África Ocidental.

  • 1940

    A coleção arqueológica e etnográfica, até então embaralhadas, foram registradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como “Coleção arqueológica e etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi”.

  • 1955

    Sob a orientação de Eduardo Galvão, a Divisão de Antropologia é reorganizada. Auxiliado pelos arqueólogos Mário Simões e Peter Hilbert, classifica e separa a coleção etnográfica da arqueológica e procede a um novo tombamento das peças, de acordo com o sistema referido como áreas culturais indígenas.

  • 1957

    Instalada uma exposição de longa duração, no prédio da Rocinha com representações de todas as coleções da Instituição.

  • 1961

    Participação do acervo africano na “Exposição de Arte Negra”, no contexto da 5ª reunião da ABA, Belo Horizonte/MG.

  • 1976

    Após o falecimento de Eduardo Galvão, é efetuada a transferência da Coleção Etnográfica para uma sala mais ampla, no Parque Zoobotânico, sem alterar, contudo, a ordenação estabelecida, anteriormente, por este antropólogo.

  • 1978

    Publicação do Guia das exposições e Antropologia, no Museu Paraense Emilio Goeldi, elaborado por Eduardo Galvão.

  • 1980/1983

    Participação do acervo indígena na exposição “Arte Plumária do Brasil”, no Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo, cuja itinerância compreendeu o National Museum, of Natural History, em Nova York, o Itamaraty, em Brasília, o Instituto Colombiano de Cultura em Bogotá e o Museu Paraense Emílio Goeldi.

  • 1982

    Publicação do Catálogo das Coleções Etnográficas do Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, de autoria de Napoleão Figueiredo e Ivelise Rodrigues.

  • 1982

    Publicação do Catálogo das Coleções Etnográficas do Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, de autoria de Napoleão Figueiredo e Ivelise Rodrigues.

  • 1985/1986

    Participação do acervo indígena na exposição “L´Art de la Plume-Brésil” no Musée d'Ethnographie de Genève , Genebra e itinerância no Museum National d'Histoire Naturelle, em Paris.

  • 1986

    É inaugurada a exposição de longa duração “Amazônia , o Homem e o Ambiente” , no Pavilhão Eduardo Galvão, Museu Paraense Emílio Goeldi.

  • 1986

    Publicação do livro o Museu Paraense Emílio Goeldi, editado pelo Banco Safra, no qual consta um significativo registro textual e iconográfico da Coleção Etnográfica de autoria de Adélia de Oliveira Rodrigues e Lucia Hussak van Velthem.

  • 1987

    Participação do acervo populações tradicionais na exposição “ O homem e o mar: a tecnologia pesqueira artesanal”, no Museu Paraense Emílio Goeldi.

  • 1988/1989

    Participação do acervo indígena na exposição “Ciência Kayapó: alternativas contra a destruição”, em colaboração com o povo indígena Kayapó Gorotire no Museu Paraense Emílio Goeldi.

  • 1992

    Participação do acervo indígena na exposição “Kayapó”, na Eco-92, no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Participação deste acervo na exposição “500 anos” , em Sevilha.

  • 1992

    Participação do acervo africano na exposição “A criatividade na arte Africana”, alusiva ao I encontro cientifico e tecnológico dos países do tratado de cooperação Amazônica e ao dia nacional da consciência negra, no Museu Paraense Emílio Goeldi.

  • 2000

    Participação do acervo indígena no Módulo Artes Indígenas da “Mostra do Redescobrimento – Brasil +500”, no Parque do Ibirapuera – Oca, em São Paulo. A itinerância compreendeu o Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, o Convento das Mercês, em São Luis. No exterior, a exposição foi ao Museo Nacional de Bellas Artes, em Santiago do Chile.

  • 2002

    Participação acervo indígena na exposição “Unknown Amazon”, no British Museum, em Londres.

  • 2003

    O Projeto “Controle ambiental na área da reserva técnica e acondicionamento do acervo etnográfico do Museu Paraense Emílio Goeldi”, financiado pela Fundação VITAE, propicia a transferência da Coleção Etnográfica para o Campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi. A nova reserva técnica é equipada com armários deslizantes e sistema automatizado de controle ambiental. O acondicionamento dos objetos passa a privilegiar critérios de conservação preventiva reunindo os objetos por categorias artesanais.

  • 2004

    Participação acervo indígena na Exposição “Amazonia, natives traditions”, no Palace Museum em Beijin.

  • 2005

    Participação acervo indígena na Exposição “Brésil Indien”, no Grand Palais em Paris.

  • 2006

    O Projeto “Conservação Preventiva e Documentação da Coleção Etnográfica do MPEG (1880-1940)”, também financiado pela fundação VITAE, inicia a implantação do Sistema de Informação da Coleção Etnográfica (SINCE).

  • 2006

    Participação acervo indígena na exposição “Reencontros: Emilio Goeldi e o Museu Paraense” no Prédio da Rocinha, Museu Paraense Emilio Goeldi.

  • 2010

    Inicia-se o programa “Museus da Amazônia em Rede – MAR”, que une o Museu Paraense Emílio Goeldi aos Musée des Cultures Guyanaises, Musée Départemental Alexandre-Franconie na Guiana Francesa, e o Stichting Surinaams Museum no Suriname. Esse projeto visa o estabelecimento e a manutenção de ações de cooperação entre os museus em todas as áreas relativas ao patrimônio, assim como a disponibilização online dos acervos etnográficos que possuem a mesma procedência.

  • 2011

    Participação do acervo indígena na exposição “Índios no Brasil” – Festival Europália, em Bruxelas.

  • 2013

    Participação do acervo indígena na exposição “Linked Heritage” no Stichting Surinaams Museum em Paramaribo. Essa exposição ocorreu no quadro do programa Museus da Amazônia em Rede.

  • 2014

    Participação do acervo indígena na exposição ”A Festa do Cauim”, no Museu Paraense Emílio Goeldi, em colaboração com o povo indígena Ka’apor e o Volkenkunde Museum de Leiden.

  • 2016

    Como parte das comemorações do sesquicentenário do Museu Paraense Emílio Goeldi, o acervo etnográfico é disponibilizado online por meio do SINCE.